Ola Astonianos amantes de RPG, eu Elanor, essa humilde que vos fala venho hoje compartilhar com vocês algumas coisas sobre esse maravilhoso mundo que é o RPG (Role Play Game), não ensinar a jogar mais compartilhar um pouco das minhas experiências vividas no curso desses anos de vicio, que depois que entra no sangue precisamos de ajuda pra sair.
“Ministério da saúde adverte: RPG pode causar a morte do seu tédio!”
Comecei nessa vida há exatos 12 anos, com a ajuda do meu irmão claro, que um dia chegou com essa “novidade”. Montamos um grupo inicial com eu (Elanor), meu irmão Jefferson (mais conhecido como GG) como mestre, Davi (Popularmente chamado Davé) e o irmão dele Tiago (também chamado de “tinha que ser o Tiago”). Eram nossos vizinhos. Na época a gente não possuia manual e acreditem, numa cidade como Fortaleza / CE, era muito difícil achar lojas que vendiam esse tipo de coisa e do grupo apenas eu trabalhava. Internet??? Artigo de luxo! Até consegui imprimir algumas fichas no meu trabalho (que a minha chefe não leia esse post) mas então o GG conseguiu alguns manuais e tiramos copias (isso eu podia pagar), o Manual 3D&T - Defensores de Tóquio 3ª Edição e o Manual do aventureiro. A partir daí, começamos a jogar na era medieval no mundo de tormenta.
Que coisa mais fantástica. Era como ler um livro onde você fazia a historia acontecer, porém todos nos éramos inexperientes. Tanto o mestre em narrar como nós em jogar. Passávamos mais tempo fazendo ficha ou rindo do que jogando. Nossos primeiros personas não duravam muito e logo morriam afogados num lago profundo, ou caindo em um abismo sem fim (duas horas fazendo o persona para meia hora de diversão antes da morte subta). Depois de várias tentativas conseguimos construir uma historia solida que durou um mês e isso não é pouco, contando que começávamos na sexta à noite e terminávamos do domingo à noite, com pausas apenas para as refeições e outras necessidades do corpo.
Meu grande amigo Davi
Porém, um dia o mestre decidiu que queria jogar também e que cada um de nos montasse uma historia para narrar. No começo não gostamos muito da idéia e depois de começar gostamos menos ainda. O primeiro na tentativa foi o Davé, preparamos os personas e esperamos o Tiago terminar o dele (ele sempre era o ultimo a terminar). Quando estávamos todos prontos começou a narração e depois de 1 hora acontece à seguinte cena:
Vocês estão numa floresta e o chão se abre em baixo de vocês... morreram.Não tivemos direito a nem se quer fazer um teste de morte. Não sabia se ria ou se chorava ou espancava ele. Mais o fato é que a carreira de narrador dele terminou por aqui.
Tinha que ser o Tiago
Quando agente achou que o pior já tinha passado veio à hora do “tinha que ser o Tiago”. Jevamos mais um tempo fazendo os personas, dessa vez foi rápido (já que o Tiago não estava fazendo ficha), porem mais rápido ainda foi à narração. Incríveis 2min, um recorde! foi apenas um:
vocês então andando e cai num abismo e morrem.
Então foi o fim, dessa vez não teve como não ter uma guerra de almofadas, pensamos até em amarrar e amordaçar ele e deixá-lo sem almoço... mas ficou só no pensamento. A gente precisou de um final de semana inteiro para se recuperar.
Essa Sou eu!
Então chegou a minha vez. Passei aquele final de semana trágico pensando numa historia e ela surgiu repentinamente na minha cabeça como o acender de uma lâmpadam, (acho que foi a minha mãe que acendeu a luz enquanto eu estava pensando no quarto). Enfim, surgiu a lenda de Hasufel (que em breve postarei nesse blog). Uma história que renderia bons frutos (incluindo o livro que estamos escrevendo chamado “As Crônicas de Alryon”) e durante a narração apareceu a minha persona (que no caso era uma NPC) a Elanor. Uma fada amaldiçoada que tinha o tamanho humano (não vou falar muito dela aqui). A narração se seguiu por duas semanas, nem eu estava acreditando que a coisa fluia. Quando em fim chegou o meu pior pesadelo... as batalhas! A única coisa que sempre tive dificuldades de narrar, foi quando entreguei a historia ao meu irmão (pega que o filho é teu) e transformei minha Elanor em personagem, claro diminuído os seus poderes. Essa historia teve dois recordes: 1º jogamos por nove meses seguidos e o 2º o Tiago teve sete (eu disse 7) personas diferentes.
Durante esses nove messes tivemos a presença de mais um jogador o Valdoberto (Conhecido como Dôbé), que mais ficava ausente do que presente (depois descobrimos porque, então ele ficou conhecido como “pai Dôbé”). Mas tudo que é bom tem um fim, a história acabou, e não conseguimos evoluir com outra historia nem outros personas, era como se nada mais tivesse graça a não ser com eles. Paramos de jogar por quase dois anos e foi quando outro mestre apareceu, simplesmente o cara, “O Dio”.
Dio era outro amigo do GG (só pra variar) e veio com idéias novas, histórias novas e mudou o nosso modo de jogar. Ele juntamente com o GG criaram uma ficha nova baseado em 3d&t, criaram novos poderes, magias, classes e ampliou o nosso mundo de uma forma que não era possível imaginar e ai começamos a jogar novamente. Dio era um ótimo mestre. Não facilitava pra nós (que nesse ponto ser irmã do mestre tinha suas vantagens). Suas historias faziam a gente pensar e raciocinar antes de agir (ou era morte sem piedade), mas nem tudo era perfeito. Havia nós e servíamos para estragar a paz no paraíso. Ccom isso tivemos momentos memoráveis e vou citar dois que me fizeram ter uma crise de riso por quase 30min.
A primeira partiu do GG. Ele fez um cavaleiro que chegando numa vila massacrada por monstros encontra um único sobrevivente que lamentava a morte de seus amigos. A primeira coisa que ele pergunta é:
“Onde estão os corpos?”.
Dio… ”O cara”
Não sei se ria ou se chorava da “sensibilidade extrema” partindo de um cavaleiro, mas vendo a cara do mestre não pude agir de outra forma. Precisei de um copo de água para me acalmar. A segunda partiu do Tiago (não podia ser diferente). Estávamos numa vila que estava sendo invadida por inimigos. Ele se escondeu numa cabana e ficou colado na porta para ouvir o que estava acontecendo e foi quando um dos inimigos deu um pontapé na porta com uma força tão grande que matou o persona do Tiago:
Dio: Tú morreu Tiago!
Tiago: De uma portada??
Essa foi de um estrago tão grande que tive que me ausentar para o meu quarto por quase uma hora, enfiando minha cabeça no travesseiro para controlar o riso.
Bom, depois de quase três anos de sucesso o nosso mestre foi seduzido por um poder maior (as mulheres) e ficamos abandonados, em segundo plano. Logo todos eles seguiram o mesmo exemplo e o grupo se desfez. Foi quando tive contato com RPG online.
Na época já tinha meu PC em casa, e entrei no meu mundo (isolado) de aventuras novamente. É incrível como tem pessoas que ainda curtem esse tipo de coisa. Eu estava fascinada, fiz muitos amigos e trocamos idéias sobre RPG. Entre os meus grandes amigos destaco três que pra mim são especiais. Hioto (lendário mestre H), o Omber (não tem mestre melhor de vampiro a mascará) e Aspenror (o mestre Aspen).
O mestre Hioto foi meu primeiro mestre nesse mundo virtual, mais infelizmente desistiu de montar grupo online, porém ainda joga RPG de mesa. Omber foi meu mestre em vampiro a mascará e meu principal jogador na sala que eu abri algum tempo depois. Acabou se tornando operador do programa e ficou sem tempo para narrar. A partir dai, conheci o mestre Aspen. Entrei por acaso, um dia no mundo de Aston e criei a Ennya para essa sala. Uma guerreira das sombras (kit que eu amo jogar).
Não sei se foi pela minha atuação, por ser a única mulher da sala ou por não faltar às sessões, mas o mestre me transformou em uma personagem principal de sua história. passávamos horas jogando online.
Mestre Aspen
Depois de dois anos de Aston o mestre sumiu e eu me mudei para Santa Catarinam, (sozinha, sem minha família). Contudo, mantíamos contato e apesar de tudo, nos tornamos grandes amigos (desses de deitar a cabeça no ombro e chorar). De tanto que encomodei a ele depois de algum tempo, exatos dois anos depois da sala ter fechado, ele reabriu e a historia seguiu de onde parou. Com novos jogadores claro, (ainda sinto falta dos antigos). Mas enfim, Ennya pode viver novamente e ao lado do NPC pirata Jack Sword e entrar em novas aventuras empolgantes. Quer saber mais? Então nos faça uma visitinha ou deixe seu recadinho!